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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Tucanos amordaçam MP mineiro Do bafômetro ao abafômetro


Jornal O Globo desta terça-feira, 12 de junho, traz matéria contundente que demonstra a leniência da Procuradoria-Geral de Justiça de Minas Gerais, na figura do seu chefe-geral, Alceu José Marques, em relação à representação apresentada pelos deputados Sávio Souza Cruz (PMDB) e Rogério Correia (PT), onde pedem investigação sobre os repasses do governo mineiro às empresas que têm entre seus integrantes, familiares do então governador Aécio Neves.



As relações políticas entre Alceu José Marques começaram a ficar explícitas no episódio da Rádio Arco-Íris que, por sua vez, emerge da “lama”, a partir do episódio do bafômetro do Leblon.

  1. Aécio é pego na madrugada do dia 17 de abril de 2011, no Leblon, Rio de Janeiro, dirigindo com carteira vencida, a Land Rover de uma empresa. Recusou-se a fazer o teste do bafômetro e não foi conduzido à delegacia, dando uma “carteirada” na autoridade policial que o abordou.
  2. O escândalo moral e jurídico ganha as redes sociais.
  3. Como Aécio não declarara possuir nenhuma Land Rover, o Minas Sem Censura investiga a origem e os vínculos dele com o citado automóvel de luxo. O carro pertencia a uma frota de carros atípicos de uma rádio mediana em BH: a Arco-Íris. Outros veículos da rádio mineira foram flagrados transitando no Rio de Janeiro, à disposição do senador.
  4. A tal rádio era de propriedade da irmã e da mãe, até dezembro de 2010. Em 28 de dezembro desse ano, essa rádio foi passada a Aécio. Andréa Neves era ordenadora de despesas de publicidade do governo do irmão.
  5. Com essas informações, o bloco Minas Sem Censura representou no Ministério Público, diretamente ao seu “chefe”, Alceu José Marques, solicitando apuração dos fortes indícios de ocultação de patrimônio e improbidade administrativa, já que a triangulação do dia 28 de dezembro era suspeita e a alocação de recursos públicos na rádio dos Neves era evidente.
  6. Atuando como advogado de defesa dos Neves, Alceu José Marques opina pelo arquivamento da representação, inclusive amputando parte de norma que confirmava Andréa Neves como ordenadora de despesas de comunicação do governo liderado pelo irmão Aécio.
  7. Alceu se recusou a responder solicitação do Minas Sem Censura, a qual pedia reconsideração da decisão de Alceu. Logo, o caso estaria aberto. No entanto, a assessoria de imprensa do MPE sempre informava que o mesmo estava arquivado.
  8. PT e PMDB representaram contra Alceu no Conselho Nacional do Ministério Público, indicando fortes indícios de postura omissiva por parte do procurador-geral!
  9. Uma promotoria específica, a de Defesa do Patrimônio, sob a titularidade do dr. João Medeiros, abriu o processo sobre o caso.
  10. Agora se descobre: Alceu Marques avoca para si o caso, para o qual já estava sob forte suspeição de ter adotado postura incompatível com seu cargo. Seria correto, para garantir a isenção formal sobre o caso, que ele não adotasse tal atitude. Que se declarasse impedido, por razões de foro íntimo. O promotor João Medeiros foi enfático: “a PGJ (Alceu Marques) fez uma ginástica argumentativa para justificar esse ato de força.”
Enfim, os deputados Sávio Souza Cruz e Rogério Correia estudam medidas a serem tomadas no caso. Sávio Souza Cruz afirma que “essa é a enésima prova do 'estado de exceção', em Minas Gerais; não seria desonroso se ele se declarasse impedido. Pelo contrário”. Correia, vai mais longe: “Em Brasília, o procurador Gurgel é rápido no gatilho para investigar petistas e membros dos governos Dilma e Lula; mas, lento na apuração de coisas do Cachoeira, Demóstenes etc. Lembro que faz um ano que representamos contra Aécio e Andréa e ele nem sequer se pronunciou a respeito. No Brasil e em Minas, o MP está em vias de se desmoralizar completamente, em face dessas atitudes.”


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