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domingo, 31 de dezembro de 2017

E AGORA? Empresa de Luciano Huck e Accioly era a ponta pra esquema de propina de Aécio Neves

Matéria do jornal O Globo, deste sábado (23), diz que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Federal (PF) encontraram novos indícios que, de acordo com os investigadores, o senador tucano Aécio Neves, recebeu R$ 50 milhões, repassados pela Odebrecht (R$ 30 milhões) e pela Andrade Gutierrez (R$ 20 milhões). A propina teria sido para atuar em nome de empreiteiras na construção da Usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia.

Na foto Angelica e Luciano Huck fugindo dos jornalistas para nao explica a corrupção E AGORA? Empresa de Luciano Huck e Accioly era a ponta pra esquema de propina de Aécio

De acordo com o jornal, a Odebrecht sustenta a acusação com comprovantes bancários, entregues nos últimos meses, que, segundo a empresa, comprovam depósitos para o senador tucano, por meio de uma conta de offshore em Cingapura, que havia sido citada por um de seus ex-executivos, Henrique Valladares, em depoimento à PGR.

A identificação do titular da conta ainda não foi revelada, mas Valladares diz que está vinculada ao empresário Alexandre Accioly, padrinho de um dos filhos de Aécio. O que o jornal não cita é que, de acordo com informações da mídia, Accioly era sócio de Luciano Huck na rede de academias Body Tech, como pode ser lido aqui.

Aécio nega as acusações. Accioly rejeita com veemência a afirmação do delator, o único que sustentava, até aqui, seu envolvimento.

ANDRADE GUTIERREZ REFORÇA SUSPEITA

Nos últimos meses, no entanto, ex-integrantes da Andrade Gutierrez levaram à Lava-Jato informações que miram novamente em Accioly: em depoimento à PF, o ex-executivo e delator da empreiteira, Flávio Barra, confirmou o repasse de R$ 20 milhões a Aécio por meio de um contrato com a Aalu Participações e Investimentos, empresa controladora da rede de academias Bodytech.

Segundo o relato de Barra, a empresa, que leva as iniciais dos dois sócios, firmou um contrato de R$ 35 milhões com a Andrade para mascarar propina paga pela empreiteira ao tucano, em 2010. O valor seria uma contrapartida pela defesa, por parte de Aécio, então governador de Minas, da participação da Andrade no consórcio de construção da Usina. O delator não soube dizer por que a empresa transferiu R$ 15 milhões além do valor previamente acertado.

Ao GLOBO, Accioly confirmou o repasse, mas negou se tratar de propina, e sim investimento da Andrade Gutierrez na rede de academias. Segundo ele, a Andrade nunca recebeu dividendos e “permanece como acionista” da holding controladora da Bodytech, por meio de uma Sociedade em Conta de Participação (SCP) com a empresa Safira Participações, que pertence ao grupo mineiro.

A Andrade, por sua vez, negou a alegação de Accioly. Em nota, informou que “não é e nunca foi sócia na rede de academias” e que sua relação com o empresário se restringiu à aquisição, em 2010, de uma “opção de compra futura de ações” que jamais teria sido exercida e, por isso, perdeu a validade.

As duas empresas foram informadas sobre a apresentação de versões contraditórias entre si, mas mantiveram o posicionamento original. A relação entre Andrade e a holding que controla a Bodyech não é explicitada nas demonstrações contábeis das empresas, o que contraria recomendações do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

Na segunda semana de abril deste ano, mesma época em que foi tornada pública a íntegra da delação da Odebrecht, vinculando o nome de Accioly a pagamentos para Aécio, a Andrade fez uma alteração na Junta Comercial elevando o capital social da Safira de R$ 5 mil para R$ 35 milhões. É o mesmo valor repassado em 2010 para Accioly. A Andrade não quis informar se o dinheiro investido foi devolvido, nem comentar as razões da alteração contratual.

Em seu depoimento, Barra afirmou ter tido conhecimento da relação do contrato com um pagamento a Aécio alguns anos depois da assinatura e disse não ter sido responsável por operacionalizar o repasse. Também colaborador e ex-executivo da Andrade, Rogério Nora citou em depoimento o nome de Sérgio Andrade, um dos sócios da empreiteira, como o responsável por tratar deste assunto diretamente com Aécio.

Apesar de ter firmado acordo de leniência em 2016 e ter 11 ex-executivos entre colaboradores da Lava-Jato, a Andrade Gutierrez não havia apresentado às autoridades episódios de corrupção envolvendo o ex-governador de Minas. O tema passou a integrar uma nova rodada de conversas com a PGR e faz parte do recall do acordo, atualmente em negociação, e é considerado sensível pela empresa, por envolver um dos sócios do grupo.

Revista Forum Com informações do Globo via centralpolitico

sábado, 30 de dezembro de 2017

Jânio de Freitas: Aécio Neves é recordista de arrecadação no mercado de subornos

O jornalista Jânio de Freitas faz uma importante análise na Folha sobre as denúncias envolvendo Aécio, Odebrecht, Andrade Gutierrez e o empresário Alexandre Accioly. Para o colunista, os R$ 50 milhões em propina das duas empreiteiras com ajuda do amigo são o maior caso de propina direta, já que os R$ 51 mi de Geddel Vieira Lima em espécie foram fruto de diferentes arrecadações.
As informações que situam o senador Aécio Neves como recordista de arrecadação no mercado de subornos –e nem por isso contêm todo o seu histórico– têm múltiplos efeitos. Pessoais, claro, mas também políticos, com decorrências agravantes na cisão do PSDB e desgastantes para Geraldo Alckmin e sua candidatura.
Tomar R$ 50 milhões em um único ataque é um feito que não consta nem no currículo de Geddel Vieira Lima, cujas embalagens diferentes indicam que os seus R$ 51 milhões em dinheiro vieram de vários achacados.
Os R$ 30 milhões tomados da Odebrecht e os R$ 20 milhões da Andrade Gutierrez, em troca de fortalecê-las na licitação para a hidrelétrica de Santo Antônio, começam por derrubar a defesa de Aécio e sua irmã Andréa para os R$ 2 milhões tomados de Joesley Batista. O caixa tão fornido destrói a mentira de que Aécio precisava de “um empréstimo” para pagar sua defesa no que eram as primeiras denúncias.
Michel Temer em reunião com o Ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, Senador, Aécio Neves e prefeitos de municípios de Minas Gerais. Foto: Marcos Corrêa/PRAinda no plano pessoal, o detalhamento das operações, feito pelas duas empreiteiras até com alguns recibos de depósito, lança no caldeirão o mais próximo e, há muito se diz, o mais confiável amigo de Aécio. Alexandre Accioly, controlador (ao menos aparente) de negócios bem sucedidos, apenas raspara na Lava Jato.
Os repórteres Bela Megale e Thiago Herdy, de “O Globo”, encontraram agora citações a Accioly como receptador de Aécio e contas, para isso, em Cingapura e nas Ilhas Marshall, Oceania.
(…)
Menos obscuras, como componentes do golpe em Furnas, as relações de Aécio e seu protegido Dimas Toledo ampliam-se nos relatos dos milhões por Santo Antonio. A gravidade desta transação, com a persistente presença dos dois amigos de fé, suscita a expectativa de que afinal se desvendem outros casos já bastante citados e nunca publicáveis, por falta de provas.
Esse é o Aécio Neves que a cúpula do PSDB prestigiou, há três semanas, contra o cofundador do partido Tasso Jereissati, na disputa entre os aecistas e os desejosos de reabilitar o desmoralizado peessedebismo.
Como presidente incumbido da restauração que não fará, Alckmin significou uma proteção para Aécio Neves, então já assoberbado com acusações. Ao menos em favor da própria face, o novo “presidente” precisava ter dito ou feito algo que marcasse a sua e a nova propensão do partido na discussão, intensa, sobre o caso Aécio no peessedebismo. Alckmin, é de seu hábito, preferiu omitir-se.
DO DCM





(…)

Ministro do STF diz que há mais provas contra Aécio do que contra quase todos os presos do Brasil

Num dos trechos de sua entrevista à BBC, o ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, lamentou a impunidade do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e apontou o excesso de provas contra o político mineiro: a gravação, o pedido de dinheiro, a entrega com a mala e até a ameaça de matar o primo.

Ministro do STF diz que há mais provas contra Aécio do que contra quase todos os presos do Brasil

Barroso disse ainda que, dos 650 mil detentos brasileiros, poucos estão presos com tantas provas como havia no caso Aécio.

A esse respeito, confira texto postado pelo deputado Rogério Correia, do PT de Minas Gerais:

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, deu entrevista à BBC Brasil. Em certo momento, ele surpreende e mostra claramente o incômodo com a impunidade do senador Aécio Neves. Embora sem citar diretamente o nome do ex-governador mineiro (nem precisava...), Barroso não deixa dúvida: “Há 650 mil presos no sistema penitenciário brasileiro. Poucos estão presos com tanta prova quanto há nesse caso”, disse o ministro. “Não é um sentimento pessoal, político, não é populismo. É prova.”
Enquanto isso, procuradores da Lava Jato em Curitiba, aliados ao juiz do caso (ambos, por sinal, não investigaram nem fizeram nada em relação a Aécio e sua turma), preferem perseguir o líder em todas as pesquisas. Depois de três anos de investigação, não conseguiram apresentar uma única prova convincente.
Do Plantão Brasil
 

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Delator: A viagem do dinheiro de Aécio Neves até um paraíso no meio do oceano Pacífico

Aecio neves viagem Delator: A viagem do dinheiro de Aécio Neves até um paraíso no meio do oceano Pacífico
Da Redação do Viomundo
Se o empresário Alexandre Accioly de fato fez o papel de laranja para o senador Aécio Neves, escolheu um dos refúgios fiscais mais obscuros do planeta, as ilhas Marshall, no Pacífico.
Trata-se de uma república associada aos Estados Unidos, que é dependente de Washington e de serviços financeiros concedidos à distância — Majuro, a capital, fica a mais de 15 mil quilômetros de São Paulo.
Segundo o ex-executivo da Odebrecht, Henrique Valladares, a empreiteira usava uma empresa de fachada em Antigua, no Caribe, para fazer pagamentos de propina.
Ao menos uma transferência, de U$ 67.350, foi feita através da agência do banco suiço UBS, em Cingapura, para a empresa Embersy Services Limited, em Majuro, que seria do empresário amigo de Aécio.
Accioly nega.
Accioly também é muito próximo de Luciano Huck, cuja candidatura ao Planalto em 2018 está em banho maria. Ambos montaram com outros sócios a rede de academias Bodytech.
No depoimento que fez depois de fechar acordo de delação premiada, Valladares descreveu como foi organizado o pagamento:
“Eu tinha ido para aquele restaurante, Gero, com a minha esposa para jantar. E estavam lá Aécio Neves sentado com Accioly, mais o cara que faz o Manhattan Connection… o Diogo Mainardi. Estavam reunidos na mesma mesa. Na despedida, o governador Aécio Neves disse a mim: ‘Olha, Henrique, o Dimas Toledo [então diretor de Furnas], nosso amigo comum, vai lhe procurar’. Simplesmente isso. E se despediu de mim. Então, (um dia) o Dimas me traz um papelzinho com o nome do Accioly, eu sabia que era amigo do governador. Eu me recordo que é em Cingapura a conta. Não é Suíça, não é Bahamas, é Cingapura”.
Majuro, a capital das ilhas Marshall, fica num atol. A Embersy é uma empresa de papel, que existe apenas nos registros da Trust Company da Repúblicas das Ilhas Marshall, cujo endereço é Trust Company Complex, Ajeltake Road, Ajeltake Island, Majuro, Marshall Islands, MH96960.
A Trust Company, por sua vez, é representada no mundo pela IRI, International Registries Inc., baseada em Reston, na Virgínia. Mas desde 2012 a IRI tem um escritório correspondente no Rio de Janeiro, além de várias outras cidades do mundo.
A IRI foi a responsável por tornar as ilhas Marshall o segundo maior país em registro de navios de carga, depois do Panamá.
Como vantagem para armadores e empresários, as ilhas Marshall oferecem em alguns casos 0% de pagamento de impostos, abertura de empresas em um dia e — o melhor de todos — tudo pode ser feito eletronicamente, sem necessidade de reconhecimento oficial em consulado ou embaixada.
Para uma empresa de capital de 250 mil dólares, que queira emitir 5.000 ações, o custo das taxas é de menos de 400 dólares.
Segundo a IRI, as leis financeiras das ilhas Marshall foram modeladas nas de um dos refúgios fiscais internos dos Estados Unidos, o estado de Delaware.
Mas, nas ilhas Marshall, as regras garantem a confidencialidade absoluta dos nomes de donos, sócios, sócios com limitações, diretores, gerentes e representantes. Ou seja, dificilmente autoridades das ilhas Marshall vão conectar o nome de Accioly oficialmente à Embersy, a empresa que recebeu o pagamento denunciado pelo delator.
Ao todo, Aécio Neves, identificado como Mineirinho no Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht, teria recebido R$ 50 milhões das empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez para fazer lobby em nome delas.
Não se sabe quanto do dinheiro teria passado pela Embersy.
Recentemente, as ilhas Marshall foram colocadas na lista da União Europeia de refúgios fiscais cujas regras não permitem combater a evasão pela absoluta falta de transparência.
Da lista também fazem parte a Samoa Americana, Bahrein, Barbados, Granada, Guam, Coreia do Sul, Macau, Mongolia, Namíbia, Palau, Panamá, Santa Lúcia, Samoa, Trinidad e Tobago, Tunísia e Emirados Árabes Unidos.
Para a Oxfam, a lista foi politicamente diluída e deveria incluir um número muito maior de destinos do dinheiro dos ricos. A lista da Tax Justice Network também é muito mais ampla.
Apesar dos recentes vazamentos de dados de refúgios fiscais, como os Panama Papers, um grande número de jurisdições ainda oferece serviços para esconder dinheiro em troca de valores relativamente ínfimos.
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sábado, 23 de dezembro de 2017

ODEBRECHT CONFIRMA PROPINA DE R$ 50 MILHÕES A AÉCIO

Investigadores da PGR e da Polícia Federal encontraram novos indícios de que o senador Aécio Neves recebeu propina para atuar em nome de empreiteiras na construção da Usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia; tema de inquérito em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), a acusação contra o tucano foi relatada por ex-executivos da Odebrecht em acordos de colaboração premiada; de acordo com os executivos da Odebrecht, Aécio recebeu R$ 50 milhões, repassados pela Odebrecht (R$ 30 milhões) e pela Andrade Gutierrez (R$ 20 milhões); Odebrecht sustenta a acusação com comprovantes bancários, entregues nos últimos meses, que comprovam depósitos para Aécio por meio de uma conta de offshore em Cingapura





ODEBRECHT CONFIRMA PROPINA DE R$ 50.000.000,00 A AÉCIO NEVES

Minas 247 - A Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Federal (PF) encontraram novos indícios que, de acordo com os investigadores, reforçam a suspeita de que o senador Aécio Neves recebeu propina para atuar em nome de empreiteiras na construção da Usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia.
Tema de inquérito em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), a acusação contra o tucano foi relatada por ex-executivos da Odebrecht em acordos de colaboração premiada. E teve impacto direto na delação de outra empreiteira, a Andrade Gutierrez, que foi obrigada a esclarecer sua participação no episódio. De acordo com os executivos da Odebrecht, Aécio recebeu R$ 50 milhões, repassados pela Odebrecht (R$ 30 milhões) e pela Andrade Gutierrez (R$ 20 milhões).
A Odebrecht sustenta a acusação com comprovantes bancários, entregues nos últimos meses, que, segundo a empresa, comprovam depósitos para o senador tucano, por meio de uma conta de offshore em Cingapura, que havia sido citada por um de seus ex-executivos, Henrique Valladares, em depoimento à PGR. A identificação do titular da conta ainda não foi revelada, mas Valladares diz que está vinculada ao empresário Alexandre Accioly, padrinho de um dos filhos de Aécio e integrante do grupo mais restrito de amigos do tucano. Aécio nega as acusações. Accioly rejeita com veemência a afirmação do delator, o único que sustentava, até aqui, seu envolvimento.
As informações são de reportagem de Bela Megale e Thiago Herdy em O Globo.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

SÓCIO DE EMPRESA INVESTIGADA PELA PF REPASSOU APARTAMENTO PARA MÃE DE AÉCIO

PF está investigando uma transação considerada suspeita envolvendo o empresário José Antônio Fichtner, sócio de uma empresa investigada por corrupção no governo Sérgio Cabral, no Rio, e a família do senador Aécio Neves (PSDB-MG); suspeita envolve a compra, em 2010, de um apartamento feito por Fichtner em uma área nobre de Florianópolis, de um casal espanhol que exigiu que o pagamento fosse efetuado no exterior; quatro anos depois, o empresário vendeu o imóvel para a mãe do senador por R$ 500 mil; Aécio foi chamado para prestar explicações acerca do negócio

​SÓCIO DE EMPRESA INVESTIGADA PELA PF REPASSOU APARTAMENTO PARA MÃE DE AÉCIO

Minas 247 - A Policia Federal está investigando uma transação considerada suspeita envolvendo o empresário José Antônio Fichtner, sócio de uma empresa investigada por corrupção no governo Sérgio Cabral, no Rio, e a família do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Suspeita envolve a compra, em 2010, de um apartamento feito por Fichtner em uma área nobre de Florianópolis, de um casal espanhol que exigiu que o pagamento fosse efetuado no exterior. Quatro anos depois, o empresário vendeu o imóvel para a mãe do senador por R$ 500 mil. Aécio foi chamado para prestar explicações acerca do negócio.
Segundo o jornal Folha de São Paulo, transação foi descoberta durante uma ação de busca e apreensão feita por agentes federais em endereços ligados a Aécio Neves.Em meio a operação, os policiais encontraram o contrato de compra do imóvel em nome da mãe do parlamentar mineiro, Inês Maria. Na casa do senador, em Brasília, foi encontrada uma procuração dada por Fichtner a um advogado do escritório Andrade & Fichtner, que está sob investigação, para efetuar a compra do apartamento.
Agora, os investigadores querem desvendar a relação que Aécio teria com Fitchner para manter em sua residência a procuração usada na transação do imóvel que teria sido transferido para sua mãe quatro anos depois.

sábado, 9 de dezembro de 2017

Tucano confessa que medidas de Temer seriam iguais de Aécio se vencesse

Ele foi um radical militante de esquerda, homem de confiança do guerrilheiro Carlos Mariguella durante o período da ditadura militar. Hoje, Aloysio Nunes Ferreira Filho, 72 anos, é a principal voz do PSDB em defesa do presidente Michel Temer (PMDB) e a favor da permanência do partido no governo. Vice-presidente da legenda, senador eleito por São Paulo e ministro das Relações Exteriores, ele sustenta que não faz sentido o desembarque dos tucanos neste momento, ao contrário do que apregoam outras lideranças do partido. Nem a declaração do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), de que o partido não faz mais parte do governo, fez com que Aloysio mudasse o tom:
— Eu, Aloysio, não vou sair do governo antes do prazo para desincompatibilização, a menos que o presidente Temer peça o ministério, óbvio.
Nesta entrevista ao GaúchaZH no amplo gabinete do Itamaraty, ele explica esse momento de alta tensão entre governo e PSDB. Também fala o que pensa sobre Lula, Luciano Huck, Jair Bolsonaro e Geraldo Alckmin. Como chanceler, adianta as negociações sobre o acordo do Mercosul com a União Europeia que, segundo ele, está prestes a ser fechado. Bem-humorado, mostrou as obras de arte espalhadas pelo gabinete e revelou que pretende concorrer às eleições no próximo ano, o que ainda depende de conversas no partido.
— Mesmo porque, faço política há muitos anos. A essas alturas, o que eu faria?
O PSDB está ou não está no governo Temer?
Isto aqui, o que é (sinaliza para o gabinete)? Isto aqui é um quiosque de lanchonete? Você está sentada na sala de quem? Do ministro de Relações Exteriores, tucano, vice-presidente do partido, senador do partido. É claro que o PSDB está no governo.
Então que loucura foi essa dos últimos dias, em que cada um disse uma coisa?
Loucura! (risos) Você usou a palavra certa. Acontece o seguinte: quando o PSDB, tendo apoiado o impeachment, resolveu dar sustentação o governo Temer, elaborou um conjunto de pontos programáticos que foram submetidos ao Temer. Foi uma condição para apoio ao governo. Ter cargos não é condição para apoiarmos. Mas ele, Temer, poderia convidar quem quisesse dos nossos quadros. Isso aconteceu. Eu não estou aqui porque o PSDB me indicou. Até acho que para o Ministério das Relações Exteriores não cabe esse tipo de indicação política, pela abrangência do ministério, que trata de questões de longo prazo. Não tenho ninguém contratado por mim, não faço obra, não atendo prefeito.
Mas por que a pressão pelo rompimento? 
Temer está cumprindo escrupulosamente a linha programática, que, aliás, já estava na campanha do Aécio Neves, em 2014. Por que vamos romper com o governo? Para quê? Em nome do quê? Só se você não estivesse de acordo com o que o governo está fazendo.

Temer está cumprindo escrupulosamente a linha programática, que, aliás, já estava na campanha do Aécio Neves, em 2014. Por que vamos romper com o governo?

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

MARQUETEIRO DE AÉCIO GASTOU R$ 504 MIL COM EMPRESA DE PERFIS FALSOS EM 2014



Reportagem publicada pela BBC Brasil levanta a suspeita de que o senador Aécio Neves (PSDB) foi beneficiado pela subcontratação de empresa especializada em administrar perfis falsos nas redes sociais, com o objetivo de influenciar as eleições de 2014; marqueteiro de Aécio, Paulo Vasconcelos, gastou meio milhão de reais com a empresa Facemedia, que também trabalhou para o Comitê Nacional do PSDB e outros políticos ligados ao PMDB, destaca o Jornal GGN
MARQUETEIRO DE AÉCIO GASTOU R$ 504 MIL COM EMPRESA DE PERFIS FALSOS EM 2014
Do GGN - Uma reportagem publicada pela BBC Brasil nesta sexta (8) levanta a suspeita de que Aécio Neves (PSDB) foi beneficiado pela subcontratação de empresa especializada em administrar perfis falsos nas redes sociais, com o objetivo de influenciar as eleições de 2014. O marqueteiro de Aécio, Paulo Vasconcelos, gastou meio milhão de reais com a empresa Facemedia, que também trabalhou para o Comitê Nacional do PSDB e outros políticos ligados ao PMDB.
A matéria foi feita com base em uma investigação jornalística que chegou aos funcionários da empresa Facemedia, contratados para gerenciar os perfis falsos. Em média, cada um cuidava de cerca de 20 "personas" que eram criadas pela equipe do empresário Eduardo Trevisan.
A agência PVR, de Paulo Vasconcelos, o marqueteiro da campanha presidencial de Aécio, pagou R$ 504 mil para a Facemedia entre março e julho de 2014, diz a BCC. A despesa consta em um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeira), de julho deste ano.
Não se sabe exatamente para qual cliente de Vasconcelos a Facemedia trabalhou. Questionada, a PVR disse que contratou os serviços de Trevisan para fazer "monitoramento e análise do ambiente político" nas redes. Além do PSDB, Vasconcelos também fazia assessoria para a J&F. Tanto Aécio quanto a JBS aparece em mensagens postadas pelos perfis falsos, mas os envolvidos negam que o senador tucano tenha sido beneficiado.
 Leia a íntegra da matéria do GGN. 

Justiça parcial: STF revoga prisão domiciliar de irmã e primo de Aécio e agora estão livres

STF revoga prisão domiciliar de irmã e primo de Aécio e agora estão livresVia G1
Decisão de Marco Aurélio de Mello vale também para Frederico Pacheco, primo de Aécio Neves, e Mendherson Souza Lima, ex-assessor parlamentar de Zeze Perrella.
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio de Mello liberou Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG), da prisão domiciliar e do uso de tornozeleira eletrônica. A decisão, publicada nesta quarta-feira (6), retira ainda as outras medidas cautelares impostas a ela, como a proibição de sair do país, a obrigação de entrega do passaporte, e a restrição de manter contato com os demais investigados, entre eles Aécio Neves.
A decisão vale também para o primo do senador Frederico Pacheco e para Mendherson Souza Lima, ex-assessor parlamentar do senador Zeze Perrella (PMDB-MG). Os três são investigados por causa da delação premiada do empresário Joesley Bastista, que disse ter sido procurado por Andrea para pedir dinheiro em nome de Aécio Neves.
Na decisão, o ministro Marco Aurélio de Mello ressaltou que a que a denúncia com relação aos três ficou restrita à corrupção passiva em coautoria. Em entrevista por telefone nesta manhã, o magistrado disse que “não se justificam mais as medidas cautelares, pois não houve denúncia pela integração à organização criminosa nem tampouco a obstrução à Justiça”.
O advogado de Andrea, Marcelo Leonardo, disse que sua cliente recebe a decisão com serenidade e afirmou que, em liberdade, terá melhores condições de demonstrar sua inocência.
O criminalista Ricardo Ferreira de Melo, que defende Frederico Pacheco, afirmou que a decisão atende ao requerimento formulado pela defesa.
Antônio Velloso Neto, advogado de Mendherson Lima, destacou que já não havia motivos para mantê-los presos, pois já havia um excesso de prazo. “Não houve sequer recebimento da denúncia passados mais de 200 dias da prisão preventiva. Os motivos para prender antes de uma prisão definitiva não se justificam mais”, disse.
Em junho, a irmã do senador deixou o Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte, e seguiu para prisão domiciliar. Na ocasião, a Primeira Turma do STF havia decidido converter a prisão preventiva de Andrea Neves e Frederico Pacheco em prisão domiciliar, com monitoramento com tornozeleira eletrônica.
Andrea, Frederico e Mendherson são investigados junto com Aécio por suposta prática de corrupção, organização criminosa e embaraço às investigações. Eles já foram denunciados.
Presa preventivamente (antes de julgamento) no âmbito da Operação Patmos, Andrea Neves foi denunciada pela suposta prática de corrupção. Em fevereiro, ela pediu ao empresário Joesley Batista R$ 2 milhões, dinheiro que foi repassado depois em malas de dinheiro a Frederico Pacheco, primo de Aécio. Foi ele quem transportou o dinheiro de São Paulo a Minas Gerais e o entregou depois a Mendherson Souza Lima.
A defesa de Andrea diz que ela pediu o dinheiro para bancar a defesa de Aécio Neves na Lava Jato e que foi ao encontro de Joesley para tentar vender um apartamento de R$ 40 milhões no Rio de Janeiro.

SOB AMEAÇA DE VAIAS E PROTESTOS, AÉCIO PODE FALTAR À CONVENÇÃO TUCANA

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Segundo político mais rejeitado do Brasil, o senador Aécio Neves não anda em um bom momento nem em seu próprio partido, em que se despede agora da presidência; diante da ameaça de alguns filiados, que prometem vaiar o mineiro, Aécio cogita nem sequer aparecer na convenção nacional da sigla, que irá coroar o governador paulista Geraldo Alckmin como próxima liderança e provável candidato à Presidência; após ser gravado pedindo o montante ao empresário, dono do Grupo J&F, o senador foi denunciado pela PGR por corrupção passiva e obstrução da Justiça. Aécio também é alvo de outras oito investigações na Corte por suspeitas levantadas em delações da Odebrecht
convenção tucana na Isto é : tucanos Sergio Moro, Aecio Neves, Geraldo Alckmin, Jose Serra e o Golpista Temer

Minas 247 - O senador Aécio Neves (MG) se despediu nesta quarta-feira, 6, da presidência do PSDB sem ainda ter decidido se vai à convenção da sigla neste sábado, em Brasília. Na condição de presidente licenciado da legenda, ele fez um discurso incisivo na última reunião da atual Direção Executiva do PSDB. 
Após ser gravado pedindo o montante ao empresário, dono do Grupo J&F, o senador foi denunciado pela PGR por corrupção passiva e obstrução da Justiça. Aécio também é alvo de outras oito investigações na Corte por suspeitas levantadas em delações da Odebrecht, do senador cassado Delcídio Amaral e do lobista Fernando Moura.
Nos bastidores, a cúpula tucana negocia com as correntes do partido qual será a participação de aliados de Aécio na nova Executiva da legenda. Apesar da resistência da ala dos “cabeças pretas”, que fazem oposição a Temer, o senador mineiro deve emplacar correligionários em postos-chave da Executiva. Entre eles estão o deputado Marcus Pestana (MG) e o senador Antonio Anastasia (MG).
O deputado Marcus Pestana (MG)  garantiu que Aécio vai votar na convenção de sábado, mas a assessoria do senador informou que a decisão ainda não está tomada. Em grupos de WhatsApp, militantes do PSDB ameaçam vaiar Aécio se ele decidir discursar.

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

PRÉDIO USADO PARA GERAR PROPINA A AÉCIO NEVES VAI A LEILÃO POR 15% DO VALOR

O edifício em Minas Gerais que Joesley Batista, dono da JBS, diz ter comprado "fazendo de conta" que valia R$ 17,3 milhões, com o propósito de repassar propina ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), foi posto à venda em Belo Horizonte por menos de 15% do que foi pago pelo empresário; avaliação da Justiça, que determinou o leilão do bem, fixou em R$ 2,5 milhões o preço do imóvel. O lance mínimo para arrematá-lo foi ainda menor -R$ 750 mil-, valor equivalente a um apartamento de três quartos no Plano Piloto, em Brasília
Aecio Neves rindo com Anastasia da impunidade do PSDB PRÉDIO USADO PARA GERAR PROPINA A AÉCIO NEVES VAI A LEILÃO POR 15% DO VALOR

Minas 247 - O prédio que Joesley Batista, dono da JBS, diz ter comprado "fazendo de conta" que valia R$ 17,3 milhões, com o propósito de repassar dinheiro a Aécio Neves (PSDB-MG), foi posto à venda em Belo Horizonte por menos de 15% do que foi pago pelo empresário. 
Uma avaliação da Justiça, que determinou o leilão do bem, fixou em R$ 2,5 milhões o preço do imóvel. O lance mínimo para arrematá-lo foi ainda menor -R$ 750 mil-, valor equivalente a um apartamento de três quartos no Plano Piloto, em Brasília.
Em sua delação, Joesley disse que, a pedido de Aécio, aceitou pagar preço superfaturado pelo imóvel para cobrir dívidas de campanha do senador. O prédio era da editora Ediminas, do empresário Flávio Carneiro, ligado ao congressista. No local, funcionava o jornal "Hoje em Dia".
As informações são de reportagem da Folha de S.Paulo.

Vejam como votaram os deputados de Minas Gerais para livrar Temer da segunda denuncia e acabar com aposentadoria do povo e acabar com direitos

Michel Temer rindo do Povo  Em denúncia, PGR acusava Temer de organização criminosa e obstrução de Justiça
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou por maioria a rejeição da denúncia por obstrução da Justiça e organização criminosa contra o peemedebista.
Vejam Também Senadores que salvaram o Aecio neves em troca do apoio do PSDB na salvação de Temer e acabar com aposentadoria do Povo(EM Minas Anastasia(PSDB/MG) e Zeze parella(PMDB/MG) votaram para salvar o Aecio Neves e Aecio não votou por ser o acusado)
A denúncia havia sido oferecida pela procuradoria-geral da República com base nas delações da JBS. De acordo com órgão, Temer, ao lado dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral), formaram uma organização criminosa que teria recebido ao menos R$ 587.000.000,00 em propina e atuado para atrapalhar as investigações.
Foram 251 votos favoráveis ao parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que recomendava a não autorização da abertura de inquérito contra Temer no STF. 233 deputados votaram contra o parecer. Para que o inquérito fosse autorizado, eram necessários 342 votos. Com a decisão, Temer, que liberou milhões em emendas parlamentares, segue sendo o único presidente da história a ser denunciado em pleno exercício do mandato e, mais do que isso, ter as denúncias rejeitadas. Em agosto, o peemedebista foi salvo na Câmara de ter inquérito aberto no STF por corrupção passiva.
Relembrem a conversa dele com Dono da JBS 


Vejam o Voto dos demais parlamentares AQUI contra e a favor de Temer
Minas Gerais
Ademir Camilo (Pode) – sim
Aelton Freitas (PR) – sim
Bilac Pinto (PR) – sim
Bonifácio de Andrada (PSDB) – sim
Brunny (PR) – sim
Caio Narcio (PSDB) – sim
Carlos Melles (DEM) – sim
Dâmina Pereira (PSL) – sim
Delegado Edson Moreira (PR) – sim
Diego Andrade (PSD) – sim
Dimas Fabiano (PP) – sim
Domingos Sávio (PSDB) – sim
Fábio Ramalho (PMDB) – sim
Franklin (PP) – sim
Leonardo Quintão (PMDB) – sim
Luis Tibé (PTdoB) – ausente
Luiz Fernando Faria (PP) – sim
Marcelo Aro (PHS) – sim
Marcos Montes (PSD) – sim
Marcus Pestana (PSDB) – sim
Mário Heringer (PDT) – ausente
Mauro Lopes (PMDB) – sim
Misael Varella (DEM) – sim
Newton Cardoso Jr (PMDB) – sim
Paulo Abi-Ackel (PSDB) – sim
Raquel Muniz (PSD) – sim
Renato Andrade (PP) – sim
Renzo Braz (PP) – sim
Rodrigo de Castro (PSDB) – sim
Rodrigo Pacheco (PMDB) – abstenção
Saraiva Felipe (PMDB) – sim
Tenente Lúcio (PSB) – sim
Toninho Pinheiro (PP) – sim
Zé Silva (SD) – sim

Os votos SIM, os ausentes e as abstenções contribuiram para Temer não ser investigado pelo STF

sábado, 2 de dezembro de 2017

Planilha encontrada pela PF revela que Aécio tem cota de cargos no governo Temer

Documento intitulado “Indicações para Cargos Federais – Minas Gerais” detalha quem indicou e quem foi indicado para 16 cargos em 10 órgãos do governo federal em Minas; além disso, Aécio tem mapeamento de cargos da União disponíveis no estado.
Aecio Neves e Michel temer rindo do povo Planilha encontrada pela PF revela que Aécio tem cota de cargos no governo Temer
A Polícia Federal (PF) achou e apreendeu, no gabinete de Aécio Neves (PSDB-MG) no Senado, 14 folhas com planilhas que detalham indicações políticas a cargos nos mais diferentes órgãos da administração pública federal em Minas Gerais. Além disso, Aécio detinha um mapeamento de cargos da União disponíveis em Minas, com as respectivas remunerações e vagas em aberto. Um dos documentos traz a data de 10 de fevereiro de 2017, o que indica a influência do senador no governo de Michel Temer. As informações são do repórter Vinicius Sassine, de O Globo.

Os papéis foram apreendidos pela PF em 18 de maio deste ano, dia em que foi deflagrada a Operação Patmos, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No mesmo dia, a PF fez buscas em imóveis ligados ao senador em Brasília, Rio e Minas e prendeu preventivamente a irmã dele, Andrea Neves. O senador e candidato derrotado nas eleições presidenciais de 2014 foi citado nas delações premiadas dos executivos do grupo J&F como beneficiário de repasses de recursos pelo grupo. Em junho, a Procuradoria-Geral da República denunciou Aécio por corrupção passiva e obstrução de Justiça, pelo suposto recebimento de propina de R$ 2 milhões da J&F.
A planilha intitulada “Indicações para Cargos Federais – Minas Gerais” detalha quem indicou (político e partido) e quem foi indicado para 16 cargos em 10 órgãos do governo federal em Minas. É esta planilha que traz a data “10/02/2017”. Os órgãos são Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Superintendência Federal de Agricultura, Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Caixa, Ceasa, Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Ibama, Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Geap e Companhia de Armazém e Silos de Minas.
*Com informações de O Globo e Brasil 247
 Foto: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil
RevistaForum

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Aécio usava celulares de laranjas para ligações sigilosas, diz a PF; agricultor e montador de andaimes eram donos de linhas

Aecio neves tirando sarro da justiça após voltar ao cargo Aécio usava celulares de laranjas para ligações sigilosas, diz a PF; agricultor e montador de andaimes eram donos de linhas

Do G1:
Um relatório elaborado pela Polícia Federal (PF) após a análise de objetos e documentos que foram apreendidos no apartamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG), no Rio de Janeiro, em 18 de maio, aponta indícios de que o tucano usava dois celulares com linhas telefônicas supostamente registradas em nome de laranjas para fazer ligações sigilosas.
(…)
Segundo a perícia da Polícia Federal, “aparelhos celulares simples” foram encontrados pelos agentes na sala de TV e no closet do apartamento de Aécio localizado no bairro de Ipanema.
Na ocasião, policiais federais cumpriram, simultaneamente, mandados de apreensão em endereços ligados ao parlamentar tucano na capital fluminense, em Brasília e em Minas Gerais.
As ordens judiciais foram expedidas pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), com base na delação premiada do empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo J&F.
O delator gravou Aécio pedindo a ele R$ 2 milhões para, supostamente, pagar os honorários do advogado que o defendia nos processos da Lava Jato.
De acordo com a perícia da PF, entre as dezenas de itens recolhidos pelos policiais no imóvel do senador tucano, estavam um celular Nokia e outro LG.
Para identificar quem eram os proprietários das duas linhas móveis disponíveis nos celulares encontrados na casa de Aécio, a Polícia Federal teve que solicitar os dados às operadoras de telefonia TIM e Vivo. As empresas, então, informaram que os telefones pré-pagos estavam registrados em nome de duas pessoas diferentes:
  • Laércio de Oliveira, agricultor que trabalha no cultivo de café em fazendas do interior de Minas
  • Mitil Ilchaer Silva Durao, montador de andaimes com endereço registrado no Espírito Santo
A perícia ressaltou que Laércio de Oliveira “é uma pessoa simples, agricultor de café que, em tese, não pertence ao convívio social” de Aécio, sugerindo que, por esse motivo, os dados pessoais do agricultor podem “ter sido usados para habilitação da linha sem o seu consentimento”.
Além das duas linhas telefônicas registradas em nome de Oliveira e Durao, os peritos da PF descobriram que um dos aparelhos já havia sido registrado em nome de pessoas que tinham vínculos empregatícios com a irmã de Aécio, a jornalista Andréa Neves.
  • Valquiria Julia da Silva, trabalha como empregada doméstica de Andréa Neves desde 2009
  • Agnaldo Soares, trabalhou como motorista da irmã de Aécio no ano passado
Braço direito do parlamentar do PSDB, Andréa chegou a ser presa por ordem do STF por suspeitas de que ela tenha pedido dinheiro para Joesley Batista, mas, posteriormente, foi autorizada pela Segunda Turma do tribunal a cumprir prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica.
O relatório da PF observa que os titulares das linhas telefônicas identificadas nos celulares apreendidos são “pessoas simples” e que não se pode “descartar a possibilidade” de terem sido habilitadas “sem o consentimento deles”.
O perito responsável pelo parecer também chama a atenção de que os últimos registros de ligações realizadas por aqueles aparelhos “não denotam ser de pessoas de convívio social de assinantes daquelas linhas”.
“Como visto, os itens analisados [os dois aparelhos celulares] podem representar importância para a investigação, mas sugere a devolução dos objetos analisados haja vista haver cópia pericial em mídia específica”, conclui o perito da Polícia Federal.
(…) Do DCM