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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Ex-executivo da Odebrecht aumenta suspeita em obra da gestão Aécio Neves em Minas

Sergio Moro PSDB/PR e Aecio Neves PSDB/MG
Na foto Juiz parcial da lava Jato Sergio Moro e o Senador Aecio Neves em evento da IstoÈ  cochichando impunidade ao PSDB e perseguição aos Inimigos

Reportagem de Mateus Coutinho no Globo.
O depoimento de um ex-funcionário da Odebrecht que não fechou acordo de delação premiada reforça a suspeita de irregularidades nas obras da Cidade Administrativa de Minas Gerais, durante a gestão Aécio Neves. Ex-coordenador de execução de um lote, Carlos Berardo Zaeyen afirmou à Polícia Federal, em 20 de novembro, que o consórcio responsável por esse trecho do empreendimento — formado por Odebrecht, OAS e Queiroz Galvão — firmou dois contratos que, na prática, teriam sido usados apenas para justificar o repasse de dinheiro.
Zaeyen depôs no inquérito que apura as suspeitas de pagamento de propina ao senador do PSDB, que era governador na época da obra, por parte das empreiteiras. Zaeyen era subordinado ao diretor da Odebrecht Sérgio Luiz Neves, que fez acordo de delação e contou sobre o esquema de corrupção. Zaeyen disse não ter tomado conhecimento sobre o acerto de propina que teria sido feito por seus superiores. Responsável por fazer relatórios mensais, ele contou ter assinado os contratos com as construtoras Cowan e Alicerce “por confiança em seu diretor”.
O contrato com a Alicerce era no valor de R$ 2.600.000,00 (2,6 milhões) e tinha entre os objetivos a realização de estudos de planejamento executivo do empreendimento. Zaeyen afirmou que, no entanto, o estudo foi apresentado quando a obra já estava em andamento. “O cronograma geral apresentado era uma mera constatação do que já vinha sendo implementado pelo consórcio”, relatou.
Em relação à Cowan, o contrato de R$ 5 milhões previa o aluguel de cinco guindastes, oito caminhões betoneira e cinco bombas de concreto. À PF, Zaeyen disse não se recordar da utilização de equipamentos da empresa nas obras e que as gruas e elevadores daquele trecho foram alugadas da empresa Pingon. Já os caminhões e as bombas de concreto foram alugados da empresa Holcim, segundo ele.
A Cidade Administrativa de MG foi citada por delatores da Odebrecht como sendo uma obra em que teria havido um acerto entre as empreiteiras com o conhecimento de Aécio para definir os consórcios vencedores. Como contrapartida, combinaram o pagamento de 3% do valor total do contrato em propinas para o tucano.
(…)
À PF os representantes da Cowan e da Alicerce afirmaram que os serviços foram prestados. O criminalista Castellar Modesto Guimarães Neto, que representa a Alicerce, informou, por meio de nota, que “a defesa já apresentou dezenas de documentos que demonstram a veracidade do contrato firmado”.
Em nota, Aécio diz que “a acusação é falsa e atende a interesses, tendo sido desmentida em depoimentos”.
(…)
DO DCM

sábado, 10 de fevereiro de 2018

DCM: Sindicato quer afastar delegado que investiga corrupção no governo de Aécio.



Márcio Nabak, delegado investigado, e Rodrigo Bossi, delegado investigador
Márcio Nabak, delegado investigado, e Rodrigo Bossi, delegado investigador

O Sindicato dos Delegados de Polícia de Minas Gerais quer afastar Rodrigo Bossi de Pinho, chefe do Departamento Estadual de Investigações sobre Fraudes, da investigação sobre o esquema que abafou as denúncias de corrupção durante o governo de Aécio Neves.
O Sindicato dos Delegados de Polícia de Minas Gerais quer afastar Rodrigo Bossi de Pinho, chefe do Departamento Estadual de Investigações sobre Fraudes, da investigação sobre o esquema que abafou as denúncias de corrupção durante o governo de Aécio Neves.
Ofício assinado por Marco Antonio de Paula Assis, presidente do Sindicato, pede ao corregedor-geral da Polícia Civil, Alexandre França Campbel Penna, o afastamento de Pinho, com a transferência do inquérito para um delegado da corregedoria.
No ofício, o delegado menciona reportagem publicada pelo Diário do Centro do Mundo, que revelou a apreensão de originais de uma investigação na casa de um advogado envolvido com o grupo denunciado no mensalão mineiro e na Lista de Furnas. Quem determinou a apreensão foi o delegado Rodrigo Bossi de Pinho, e os originais na casa desse advogado comprometem o delegado que chefiava a investigação na época, Márcio Nabak.
Nabak era da confiança do gabinete de Aécio Neves e de seu sucessor, Antonio Anastasia, e ele teve papel decisivo na prisão de Nílton Monteiro, delator do mensalão mineiro e da Lista de Furnas, e de Marco Aurélio Carone, dono do Novo Jornal, site que divulgava denúncias de corrupção envolvendo o então governo do Estado.
Nabak também foi acusado por Nílton Monteiro de desaparecer com documentos que revelavam dívida de políticos e empresários com o ex-deputado Sérgio Naya, para quem Nílton trabalhava. Nílton passou mais de um ano preso e Carone, quase um ano. Ambos não tinham condenação e foram para a cadeia ao mesmo tempo em que Aécio fazia campanha para presidente.
Rodrigo Bossi não dá entrevista, mas certidão emitida por ele sobre o andamento do inquérito mostra que o foco da apuração é a lista do publicitário Marcos Valério, que a exemplo do mensalão mineiro e Furnas foi desacreditada a princípio. Porém, com o andamento do inquérito, informações contidas na lista estão sendo confirmadas.
Nelas, aparecem beneficiários de propinas pagas através de Valério, que era apenas o operador do esquema que teria movimento centenas de milhões de reais ao tempo do governo tucano em Minas Gerais. A investigação também se aproxima de membros da Polícia Civil, do Ministério Publico e do Judiciário, que teriam tomado decisões para silenciar adversários de Aécio, e favorecê-lo e seus protegidos em inquéritos e processos.
É nitroglicerina, e o Sindicato, com alegação de que quer proteger a imagem de delegados, seus afiliados, está contribuindo, conscientemente ou não, para que bomba não seja detonada.
O ambiente na Polícia Civil em Minas Gerais está tenso.
DO DCM

O risco de Huck: Aécio pode arrasar a candidatura do ex-amigo num piscar de olhos de FHC

Antes da patacoada de tentar agasalhar Huck como o “novo” na política, FHC tentou vender Aécio Neves com o mesmo argumento em 2014.
Divirta-se:


Alckmin está sendo massacrado em público e reage ao seu estilo mosca morta.
Mas Aécio sabe de Huck mais do que o apresentador gostaria.
Huck se beneficiou largamente do relacionamento enquanto lhe foi útil, inclusive nos esquemas de mordomia bancados com dinheiro público.
Para ficar apenas em um exemplo ilustrativo, em 2004 ele foi um dos amigos que utilizaram aeronaves do governo de Minas Gerais para viajar pelo interior do estado.
Estava gravando um quadro de seu Caldeirão com a dupla Sandy e Junior. O programa mostrava os três percorrendo a Estrada Real, que Aécio promovia como atração turística do estado.
Huck não viu nenhum problema em se beneficiar da grana do contribuinte.
A dupla já compartilhou de tudo em décadas de intimidade. Alexandre Accioly, investigado na Lava Jato, é padrinho de um dos filhos de Aécio e sócio de Huck em diversos empreendimentos, entre eles a academia Bodytech.
Em novembro, Aécio declarou que a candidatura de Huck à presidência era a “falência da política”.
“É um pouco do momento de desgaste generalizado pelo qual passa a política”, falou.
“O Luciano é um sujeito muito capaz, inteligente, mas agora é preciso conhecer o que ele pensa sobre as mais variadas questões que demandam a posição de um homem público”.
Para o senador tucano, “o tempo é que vai dizer se ele está ou não preparado para esta missão”.
Fernando Henrique acha que seu protegido global crescerá na terra arrasada por Aécio e pela turma que abraçou o golpe achando que se daria bem.
Huck terá que pensar bem se deseja ter um jagunço de terno como inimigo.
Aquele Aécio das baladas, cheio de amor pra dar, era um.
O outro, o real, é o que manda o primo buscar a grana com o bandido porque tinha que “ser um que a gente manda matar”.
Loucura, loucura, loucura.


Huck e Aécio: “Nunca misturei amizade com política ou negócios em nossa relação”
Huck e Aécio: “Nunca misturei amizade com política ou negócios em nossa relação”

Fonte:DCM

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Marco Aurélio Mello dobra prazo para Aécio Neves apresentar resposta em inquérito

Aecio Neves no Senado rindo da impunidade da corrupção dele e de seu partido
Aecio Neves no Senado rindo da impunidade da corrupção dele e de seu partido
Do Hoje em Dia
O ministro  do Supremo Tribunal Federal (STF)  Marco Aurélio Mello, que disse que Aecio Neves tem Carreira elogiável, aceitou um pedido da defesa do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que solicitou mais prazo para apresentar sua resposta em inquérito que o investiga pelos supostos crimes de corrupção passiva e obstrução da Justiça. Instaurada em maio de 2017, a apuração é embasada na delação do grupo J&F.

"Defiro o pedido formulado, para que seja observado, em relação ao investigado Aécio Neves da Cunha, o prazo em dobro para responder à denúncia, contado da data da notificação", escreveu Marco Aurélio em sua decisão, assinada na última sexta-feira, 2.

No inquérito, ainda são investigados Andrea Neves da Cunha, irmã de Aécio, Frederico Pacheco de Medeiros, primo do senador conhecido como Fred, e Mendherson Souza Lima, que é ex-assessor parlamentar do senador Zezé Perrella (MDB-MG).

Segundo a defesa, a concessão do prazo em dobro era necessária porque trata-se de um caso com quatro investigados, representados por procuradores distintos.

"Tampouco há que se falar em prejuízo ao processo, considerando que a análise das respostas será feita por Vossa Excelência na mesma oportunidade, após sua apresentação por todos os acusados", alegou a defesa do tucano.

No ano passado, Aécio já buscou suspender o prazo para apresentação de resposta à denúncia oferecida no inquérito pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o que foi negado por Marco Aurélio em dezembro.

A PGR acusa o senador, Andrea, Frederico e Mendherson da prática do crime de corrupção passiva, e o parlamentar também de tentar embaraçar investigação de infração penal que envolva organização criminosa. Eles negam irregularidades.

Em nota divulgada nesta segunda-feira (5), a assessoria do senador disse que na decisão de Marco Aurélio "foi assegurado o direito da contagem do prazo em dobro estabelecido no artigo 229 do Código de Processo Civil".

"Tal garantia ao exercício legítimo da defesa se faz necessária em razão de haver diferentes partes envolvidas no processo, e, cada uma delas, com seus respectivos advogados", disse a assessoria.