Google+ DCM: Sindicato quer afastar delegado que investiga corrupção no governo de Aécio.

sábado, 10 de fevereiro de 2018

DCM: Sindicato quer afastar delegado que investiga corrupção no governo de Aécio.



Márcio Nabak, delegado investigado, e Rodrigo Bossi, delegado investigador
Márcio Nabak, delegado investigado, e Rodrigo Bossi, delegado investigador

O Sindicato dos Delegados de Polícia de Minas Gerais quer afastar Rodrigo Bossi de Pinho, chefe do Departamento Estadual de Investigações sobre Fraudes, da investigação sobre o esquema que abafou as denúncias de corrupção durante o governo de Aécio Neves.
O Sindicato dos Delegados de Polícia de Minas Gerais quer afastar Rodrigo Bossi de Pinho, chefe do Departamento Estadual de Investigações sobre Fraudes, da investigação sobre o esquema que abafou as denúncias de corrupção durante o governo de Aécio Neves.
Ofício assinado por Marco Antonio de Paula Assis, presidente do Sindicato, pede ao corregedor-geral da Polícia Civil, Alexandre França Campbel Penna, o afastamento de Pinho, com a transferência do inquérito para um delegado da corregedoria.
No ofício, o delegado menciona reportagem publicada pelo Diário do Centro do Mundo, que revelou a apreensão de originais de uma investigação na casa de um advogado envolvido com o grupo denunciado no mensalão mineiro e na Lista de Furnas. Quem determinou a apreensão foi o delegado Rodrigo Bossi de Pinho, e os originais na casa desse advogado comprometem o delegado que chefiava a investigação na época, Márcio Nabak.
Nabak era da confiança do gabinete de Aécio Neves e de seu sucessor, Antonio Anastasia, e ele teve papel decisivo na prisão de Nílton Monteiro, delator do mensalão mineiro e da Lista de Furnas, e de Marco Aurélio Carone, dono do Novo Jornal, site que divulgava denúncias de corrupção envolvendo o então governo do Estado.
Nabak também foi acusado por Nílton Monteiro de desaparecer com documentos que revelavam dívida de políticos e empresários com o ex-deputado Sérgio Naya, para quem Nílton trabalhava. Nílton passou mais de um ano preso e Carone, quase um ano. Ambos não tinham condenação e foram para a cadeia ao mesmo tempo em que Aécio fazia campanha para presidente.
Rodrigo Bossi não dá entrevista, mas certidão emitida por ele sobre o andamento do inquérito mostra que o foco da apuração é a lista do publicitário Marcos Valério, que a exemplo do mensalão mineiro e Furnas foi desacreditada a princípio. Porém, com o andamento do inquérito, informações contidas na lista estão sendo confirmadas.
Nelas, aparecem beneficiários de propinas pagas através de Valério, que era apenas o operador do esquema que teria movimento centenas de milhões de reais ao tempo do governo tucano em Minas Gerais. A investigação também se aproxima de membros da Polícia Civil, do Ministério Publico e do Judiciário, que teriam tomado decisões para silenciar adversários de Aécio, e favorecê-lo e seus protegidos em inquéritos e processos.
É nitroglicerina, e o Sindicato, com alegação de que quer proteger a imagem de delegados, seus afiliados, está contribuindo, conscientemente ou não, para que bomba não seja detonada.
O ambiente na Polícia Civil em Minas Gerais está tenso.
DO DCM

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